domingo, 2 de novembro de 2008

...CONFIANÇA

A confiança é um fruto que nasce de uma experiência de amor do encontro de duas pessoas. Para confiar é preciso se encontrar com o outro.

Quando falo do encontro lembro-me das experiências dos encontros de Jesus com tantas pessoas: Maria Madalena, Zaqueu, Bartimeu, Pedro… É o encontro que nasce na gratuitidade do amor capaz de ver a pessoa naquilo que a faz única e irreptível. Um encontro de amor que evoca o melhor do outro a vir para fora.

Sim é verdade, o amor é a única força capaz de perceber e intuir o que o outro tem de melhor, aquilo que tantas vezes está escondido e que só quem ama é capaz de perceber.

A confiança nasce dessa relação de encontro de amor. É um encontro que nasce na oficina da vida. Jesus foi encontrando-se com as pessoas no caminho. É na caminhada da nossa existência que vamos nos encontrando com as pessoas. Faz-se necessário uma abertura interior e disposição para acolher todos aqueles que a Divina Providência vai colocando do nosso lado: na família, na escola, no grupo, na comunidade, no trabalho, enfim, em todas as situações que vivenciamos.

Para confiar é necessário tempo, Pe. Jonas usa algumas palavras fortes: "… é necessário sangue, suor e lágrimas". Não se confia em alguém de forma mágica, é preciso conhecer o outro, dar-se a conhecer. É preciso partilha transparência, aceitação das diferenças, acolhimento, paciência.

Confiar é uma conquista!

Conquista que exige do seu coração abertura. Confiar implica em amar na gratuidade. Quando o amor é amadurecido aceita a todos. Confiar passa pelo processo de aceitação daquilo que o outro é, mesmo com os seus limites e defeitos.

Sinto que a confiança está muito ligada ao perdão. É preciso coragem para pedir e dar perdão. Jesus nos ensinou no alto da cruz quando pediu ao Pai que perdoasse aqueles que estavam crucificando-o. Ele disse: "Eles não sabem o que fazem". Precisamos ter este olhar de Jesus, que aceita, acolhe e é capaz de ir além da situação, é capaz de ver a pessoa por inteiro. É capaz de recomeçar sempre.

Confiar no outro exige de nós uma atitude crescente de recomeçar sempre, mesmo quando eu fui traído, traída. Não é coisa fácil, é trabalho interior, exige lucidez diante dos fatos e autodomínio nos sentimentos. É preciso uma séria caminhada de conversão. Tenho feito esta experiência. Não é coisa fácil, mas quando você consegue experimenta-se a liberdade interior.

O amor verdadeiramente nos faz livres.
Que tenhamos amor e paz... aquela paz que emana do trono de DEUS ...
Sabendo que só através do o amor podemos confiar e amar.

Vitória, misericórdia e paz !




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